Ao final do encontro, as participantes enviaram carta à presidente Dilma, onde repudiam a escolha do governo em relação às grandes obras
Entre os dias 27 e 30 de março, mulheres indígenas de 36 povos dos estados da Bahia, Ceará, Alagoas, Minas Gerais, Espírito Santo, Pernambuco, Piauí, Paraíba e Rio Grande do Norte estiveram reunidas para participar da 2ª Assembleia das Mulheres Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo. O encontro foi realizado na aldeia Rodelas, do Povo Tuxá, na Bahia, sob o tema “Fortalecer os saberes das mulheres indígenas para garantir participação política nos espaços de decisões”.
Durante os quatro dias de assembleia, as participantes debateram sobre os seguintes temas: participação política das mulheres indígenas; políticas públicas, grandes empreendimentos de impactos às terras indígenas; reestruturação da FUNAI; transição da saúde indígena para a Secretaria Especial de Saúde Indígena; desenvolvimento sustentável e ATER Indígena; regularização dos territórios indígenas; equidade de gênero e Lei Maria da Penha.
Cerca de 200 índios da tribo Kapinawá fizeram um protesto em um prédio onde estão instaladas várias secretarias da Prefeitura de Buíque, no Agreste de Pernambuco, nesta terça-feira. Eles invadiram o local para cobrar ao prefeito Jonas Camêlo Neto melhorias na aldeia, que fica entre os municípios de Buíque, Tupanatinga e Ibimirim. De acordo com as informações da Polícia Militar, a manifestação começou por volta das 11h e terminou às 16h. Não houve depredação, nem feridos.
Uma comissão formada pelos índios foi recebida pelo prefeito da cidade, que se comprometeu em realizar as solicitações. Segundo o Capitão Tibério César, do 3º Batalhão da Polícia Militar de Arcoverde, que atende a área, o protesto foi pacífico e os 20 PMs estiveram no local não chegaram a atuar. Os funcionários da prefeitura foram liberados por causa do protesto.
Mídia Corporativa: pernambuco.com
Pernambuco, Território Pankará, Aldeia Enjeitado, 21 de novembro de 2010
Nós, povos indígenas de Pernambuco, das etnias Atikum, Kambiwá, Kapinawá, Pipipã,Pankararu, Pankararu Entre Serras, Pankará, Pakaiuká e Xukuru, presentes no 23º encontro de professores/as indígenas, ocorrido entre os dias 18 a 21, no território tradicional do povo Pankará, a Serra do Arapuá, município de Carnaubeira da Penha, vimos por meio desta tornar público nosso repúdio referente a reincidência de atos de desrespeito à organização social Pankará pelo poder público municipal.
Desde o ano de 2003 que o movimento indígena e indigenista em Pernambuco tem acompanhado sucessivos atos de violação dos direitos dos Pankará pela prefeitura de Carnaubeira. Violações amplamente documentadas, constatadas pelo Ministério Público Federal e Estadual e Plataforma Dhesc Brasil, monitoradas por agências não governamentais, enfim. E, a maioria das violações cometidas pelo poder público municipal está relacionada às tentativas de impedir que se efetive o direito à educação escolar específica e diferenciada deste povo.
Nós, povos indígenas em PE (Atikum,Kambiwá,Kapinawá,Pipipã,Pankará,Pankararu, Pankararu Entre Serra, Pankaiuká, Truká, Tuxá e Xukuru) nos reunimos durante os dias 18 a 21 de novembro, na aldeia Enjeitado – território Pankará, com a força de nosso pai Tupã e de nossos encantos de luz para discutirmos e decidirmos os rumos da nossa educação escolar, pois desejamos uma melhor qualidade de vida e educação para nossos povos e para as nossas crianças. Neste encontro participaram cerca de 500 professores(as) indígenas e lideranças além de representantes indígenas do povo Xukuru Kariri do estado de Alagoas, a APOINME(Articulação de Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Espírito Santo e Minas Gerais), o CCLF(Centro de Cultura Luiz Freire) e a Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco (Unidade de educação escolar indígena).
CAMARAGIBE
Local: Praça de Eventos, Vila da Fábrica, próximo a Praça da Gruta
14:00 Mutirão de Grafite, Rede Resistência Solidaria, Mangue Crew…
17:30 Encerramento da “Mostra Vídeo Indio Brasil”
Projeção do documentário: “Transformaram a vítima em réu. Justiça ao povo Xukuru”
Roda de diálogo: “Criminalização e Resistência do povo Xukuru de Ororubá”
Convidados: Lideranças do povo Xukuru e Rede de apoio ao povo Xukuru
RECIFE
Local: Pátio de S.Pedro
20:30 “II Noite Xukuru”
Pirrila – Coco do Povo Xukuru de Ororubá
Pandeiro do Mestre
Adiel Luna e Coco Camará com participação especial de Casas Populares da BR 232stra de vídeo, fotografia e grafite
CAMARAGIBE: Local: Praça de Eventos, Vila da Fábrica, próximo a Praça da Gruta 14:00 Mutirão de Grafite, Rede Resistência Solidaria, Mangue Crew... 17:30 Encerramento da "Mostra Vídeo Indio Brasil" Projeção do documentário: "Transformaram a vítima em réu. Justiça ao povo Xukuru" Roda de diálogo: "Criminalização e Resistência do povo Xukuru de Ororubá" convidados: Lideranças do povo Xukuru e Rede de apoio ao povo Xukuru RECIFE: Local: Pátio de S.Pedro 20:30 "II Noite Xukuru" Pirrila - Coco do Povo Xukuru de Ororubá Pandeiro do Mestre Adiel Luna e Coco Camará com participação especial de Casas Populares da BR 232 Mostra de vídeo, fotografia e grafite
O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) divulga na próxima sexta-feira (9), na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, o Relatório de Violência contra os Povos Indígenas com dados de 2009. No ano passado, 60 índios foram assassinados, houve 16 tentativas de homicídio e 19 casos de suicídio, segundo o documento.
De acordo com o vice-presidente do Cimi, Roberto Antônio Liebgott, a “violência sistemática” contra os índios é causada pela disputa de terras e pelo que chamou de “omissão do Poder Público”. Em sua opinião, o Estado poderia ter resolvido o problemas se concluísse as demarcações das terras indígenas. Segundo o Cimi, há 24 terras indígenas já identificadas por grupos de trabalhos e mais 64 com portarias declaratórias do Ministério da Justiça em processo de demarcação, que antecede o decreto presidencial de homologação.
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Exmo. Sr. Governador do Estado de Pernambuco
Sr. Eduardo Campos
Prezado Senhor
Nós professores/as gestores/as e lideranças dos povos indígenas Kambiwá, Kapinawá, Truká, Pipipã, Xukuru, Pankará, Pankararu, Entre Serra Pankararu, Pankaiuká e Atikum reunidos no Encontro da Comissão de Professores Indígenas de Pernambuco – Copipe, no período de 04 a 06 de junho de 2010, para avaliar a situação em que se encontra o atendimento educacional da secretaria de educação aos nossos povos, viemos informar e exigir de Vossa Excelência providências para situação que descrevemos abaixo.
As escolas indígenas do estado de Pernambuco foram estadualizadas em 2002. O motivo que levou lideranças e professores a reivindicarem que a Secretaria Estadual de Educação ficasse responsável pela oferta e execução da política de educação escolar indígena no Estado, foram as perseguições que vinhamos sofrendo dos municípios por questões ligadas a luta pela terra e pela política partidária.